Castanheira de Pera aposta em “Princesa Peralta” como imagem de marca

Castanheira de Pera poderá vir a utilizar a marca «Princesa Peralta» como imagem de marca do concelho, estando ainda a projectar um ninho de empresas para incentivar a criação de novas empresas.

A ideia surgiu no âmbito do curso de formação profissional de Modelista de Vestuário que encerrou formalmente ontem, sexta-feira. O curso, promovido pelo Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, Lanifícios e Vestuário do Centro, teve como base o empreendedorismo e a empregabilidade.

Baseada na lenda da Princesa Peralta, as 17 formandas criaram aquela marca que, detida pela autarquia, pretende identificar os artigos produzidos naquele concelho do Norte do distrito de Leiria.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal, está em desenvolvimento o processo de registo daquela marca, que pretende assumir-se, no futuro, como «imagem de marca do concelho».

Fernando Lopes refere que já existe o interesse de uma das formandas em criar a sua própria empresa com vista a comercializar produtos com a marca «Princesa Peralta», sendo um dos produtos o que nasceu, também, no seio daquele curso. Trata-se de um guarda-chaves baseado no tradicional barrete de campino, que actualmente é unicamente produzido numa unidade industrial localizada no concelho de Castanheira de Pera.

O autarca refere, ainda, que existem outras ideias de negócio que poderão surgir no concelho, nomeadamente no sector têxtil, na área de produção de atoalhados, lençóis e outra roupa de cama.

Por outro lado, a autarquia tem em projecto a requalificação do edifício-sede da empresa municipal Prazilândia, com vista a acolher um ninho de empresas. «Não gostaríamos que fosse uma incubadora de empresas» mas sim «um espaço para incentivar a criação de pequenas empresas».

O projecto, orçado em cerca de um milhão de euros, aguarda por uma linha de financiamento para avançar, refere o autarca.

A sessão de encerramento daquele curso de formação, decorreu na Casa do Tempo e contou com a presença do gestor do Programa Operacional de Potencial Humano (POPH). Rui Siolhais aproveitou o momento para homenagear as respectivas formandas, das quais três já se encontram no mercado de trabalho, havendo a perspectiva de ingresso de mais duas.

Para aquele responsável, aquelas antigas trabalhadoras têxteis, que agora ficaram qualificadas com o 12º ano de escolaridade, «fizeram-se à vida, o que é um acto de coragem». Para Rui Siolhais, «a qualificação é o óleo que lubrifica a bicicleta que nos ajuda a percorrer o nosso caminho».

O gestor do POPH aproveitou, ainda, para louvar o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis, na pessoa da sua dirigente, Fátima Carvalho. «O Sindicato foi teimoso e rumou contra a maré», disse, acrescentando que «lembrou-se dos trabalhadores quando ficaram desempregados e deu-lhes qualificação».

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One Response to Castanheira de Pera aposta em “Princesa Peralta” como imagem de marca

  1. Maria Irene Gomes Borges de Campos Costa says:

    Sempre acreditei em Figueiró dos Vinhos, porque ao longo da história sempre respondeu com determinação às situações de maior dificuldade. É um povo generoso que sempre se uniu em torno de ideais e a bem da sua terra. Eu bem me lembro, há mais de meio século, das récitas, cortejos de oferendas que se realizavam para obras das freguesias, nomeadamente: a puxada da electricidade, o relógio para a torre da Igreja, mais uma fonte, mais um troço de estrada…!A nossa gente, pode iludir-se com visões proféticas mas rapidamente cai na realidade e vai à luta!

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